Farmacêutica que pesquisa vacina com Oxford diz esperar primeiros resultados de estudos já em outubro



Foto: Vincent Kalut/Getty Images

A vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford e a farmacêutica britânica Astrazeneca deve ter resultados preliminares da última etapa de estudos entre outubro e novembro desse ano, disse nesta segunda-feira (29) a diretora-médica da empresa no Brasil, Maria Augusta Bernardini.

“O estudo de fase 3 [quando são feitos ensaios clínicos em humanos] tem duração total de um ano, e voluntários serão acompanhados por um ano. Mas ao redor de outubro e novembro esperamos ter resultados preliminares [de eficácia]”, afirma.

Segundo ela, caso os resultados forem significativos, a empresa pretende solicitar a agências reguladoras uma autorização de registro em caráter excepcional para permitir que a vacina comece a ser disponibilizada.

Bernardini ressalta, porém, que a previsão pode mudar conforme a evolução da pandemia. A informação ocorreu em videoconferência com a embaixada britânica no Brasil.

Segundo Marco Krieger, vice-presidente de inovações da Fiocruz, caso os estudos tenham os primeiros resultados até outubro, o Brasil poderia ter a vacina já no início do primeiro semestre de 2021.

A previsão considera um prazo de quatro meses até a importação dos insumos, obtenção de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e início da distribuição. “Acreditamos que, no Brasil, ainda no primeiro semestre do ano que vem podemos ter a vacina. Vamos tentar acelerar ao máximo, mas com toda segurança”, diz Krieger.

FolhaPress

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